SEMANA SANTA: A CAMINHADA PARA PÁSCOA!

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SEMANA SANTA: A CAMINHADA PARA PÁSCOA!1

Vivenciamos durante cinco semanas um retiro intenso proporcionado pela Igreja que se estabelece no Tempo Quaresmal. Foram semanas que pudemos colocar em prática os exercícios quaresmais do Jejum, da Caridade e da Oração. São três momentos específicos de encontros espirituais que vivenciamos a nossa essência verdadeira de cristãos. O sentido da Quaresma está na busca pela conversão e reconciliação, em dois níveis, com Deus e com as pessoas, em dimensão social e pessoal. São cinco semanas que nos proporcionam e intensificam o nosso desejo de mudança e de verdadeiramente nos convertermos.
Agora estamos preparados para juntos como Igreja vivermos a Mãe de todas as Semanas no Ano Litúrgico, a Semana Santa. E iniciamos hoje com o Domingo de Ramos e vamos juntos nessa caminhada até o Domingo da Páscoa no qual vamos fazer a experiência da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
No Domingo de Ramos a Igreja se reúne para recordar que Cristo entrou solenemente em Jerusalém. Celebrando com fé e piedade esta entrada, os fiéis seguem os passos do Salvador, passando pela Cruz até a ressurreição e a vida. O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja.
O Tríduo Pascal é o centro e a síntese da celebração do mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo no Ano Litúrgico. O Tríduo inicia-se com a Missa Vespertina da Ceia do Senhor e vai até às vésperas do Domingo da Ressurreição. Este espaço de tempo é justamente chamado o tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado. É o centro e o cume do Ano Litúrgico.
A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de Cristo, já que quem deseja segui-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo. E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis. Também se institui os sacramentos da Eucaristia e do Sacerdócio.
A sexta-feira da “Paixão do Senhor”, não deve ser considerada como um dia de tristeza, luto, desespero, mas de respeitosa contemplação do sacrifício de Jesus, fonte da nossa salvação. Toda a liturgia deste dia está em função de Cristo Crucificado. Assim, a liturgia da Palavra pretende introduzir os fiéis no mistério do sofrimento e da morte de Jesus. É um dia de penitência, jejum e oração.
O Sábado Santo é o centro e o núcleo do mistério Pascal de Cristo e dos cristãos, e por isso, de todo o Ano Litúrgico. Toda a Quaresma caminha para a Vigília Pascal. É a noite santa em que o Senhor ressuscitou, deve ser considerada como “mãe de todas as santas vigílias”. Nesta vigília, de fato, a Igreja permanece à espera da ressurreição do Senhor e celebra-a com os sacramentos da iniciação cristã. A liturgia da Vigília Pascal seja realizada de modo a poder oferecer ao povo cristão a riqueza dos ritos e das orações.
No domingo da Ressurreição a Igreja, cheia de alegria, exclama: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e Nele exultemos! ” Jubilosos e ressuscitados com o Cristo procuremos alicerçar as nossas vidas buscando as coisas do alto, onde está Cristo sentado à direita de Deus.
Vivamos esses dias da Semana Santa, imbuídos da caridade fraterna, contemplando os mistérios da Paixão do Senhor, envolvidos com a mística das celebrações, realizando orações e praticando o jejum. Sejamos cristãos comprometidos e responsáveis com a vida, a Páscoa nos traz essa perspectiva de uma vida nova.

1 Cf. Site: www.comshalom.org (Textos e Reflexões)


Diác. Dalmon Luiz, scj

 
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